Vídeo falso de queima de fogos no Rio após título do Flamengo: cena é do Ano‑Novo de 2023 em Pimonte, Itália

Um vídeo que circula nas redes alegando mostrar queima de fogos no Rio de Janeiro após o Flamengo vencer a Libertadores é enganoso. A checagem identificou que a cena não ocorreu no Brasil: trata‑se de uma gravação real feita em Pimonte, na Itália, durante o Ano‑Novo de 2023.

O que diz a verificação

Publicações que compartilham o material afirmam que a imagem mostra torcedores do Flamengo comemorando nas ruas do Rio de Janeiro depois do título. No entanto, a apuração indicou que a cena é anterior ao fato e tem outra origem geográfica. Em resumo: é #FAKE que o vídeo mostre queima de fogos no Rio após Flamengo ganhar Libertadores; a gravação ocorreu no Ano‑Novo de 2023 em Pimonte, na Itália.

Por que esse tipo de vídeo engana

Vídeos de celebração com fogos têm forte apelo emocional e são fáceis de compartilhar. Em contextos de grandes eventos esportivos, muitas pessoas aceitam rapidamente imagens que parecem confirmar a euforia de sua torcida. Isso alimenta a desinformação por três razões principais: plausibilidade visual, desejo de pertencimento e velocidade de compartilhamento nas redes.

Contexto e exemplos recentes

O caso do vídeo atribuído ao Flamengo não é isolado. Nas últimas semanas, checagens apontaram outras peças enganosas: uma imagem gerada por inteligência artificial mostrando Messi com camisa do Flamengo; um site falso que imita a Shopee; áudio manipulado em inauguração de ponte entre PA e TO; e publicações com identificação equivocada de pessoas em registros oficiais. Esses exemplos mostram uma tendência: cenas reais, imagens geradas e áudios alterados são usados para criar narrativas falsas.

Embora o vídeo de Pimonte seja uma gravação legítima de comemoração de Ano‑Novo, o problema está na atribuição errada. Tirar um registro fora de contexto e ligá‑lo a outro evento é uma forma comum de desinformação que altera a percepção pública sem necessidade de criar material inteiramente falso.

Como foi possível identificar a origem

A apuração de conteúdo audiovisual envolve cruzar datas, localizações e características visuais (paisagem, arquitetura, letreiros). No caso aqui, a checagem estabeleceu correspondência com registros da virada de ano em Pimonte, confirmando que a celebração não ocorreu no Rio. Especialistas e agências de checagem costumam usar esse tipo de comparação para rastrear a origem de imagens viralizadas.

Para o leitor comum, sinais de alerta incluem ausência de fonte oficial, legenda vaga ou contraditória, e circulação rápida por contas anônimas. Quando um vídeo parece confirmar algo que se deseja acreditar, é preciso pausar antes de compartilhar.

Por que isso importa

Além de distorcer eventos, a circulação de vídeos fora de contexto contribui para polarização e confusão sobre o que realmente aconteceu. Em tempos de grande mobilização social e esportiva, imagens manipuladas podem inflamar discussões desnecessárias e prejudicar a confiança nas fontes de informação.

Verificar antes de compartilhar é uma responsabilidade cívica. Para quem tem fé, é também uma questão de integridade: a Bíblia lembra que a busca pela verdade é fundamental para a vida em comunidade. Como diz João 8:32, “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Esse princípio simples ajuda a orientar ações responsáveis nas redes.

Se você encontrar um vídeo semelhante, confira se há publicações de veículos confiáveis sobre o mesmo fato, use ferramentas de busca reversa de imagens e procure checagens de agências especializadas. Evite repassar conteúdo cuja origem não esteja clara.

Em resumo: o material viral que diz mostrar queima de fogos no Rio após o Flamengo ganhar a Libertadores é falso na atribuição. A gravação é real, mas ocorreu em Pimonte, Itália, na noite de Ano‑Novo de 2023. Compartilhar com responsabilidade protege a comunidade e preserva a confiança entre pessoas e instituições.

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