Um atentado em Bondi, Sydney, interrompeu uma celebração de Hanukkah e deixou 11 mortos. Entre as vítimas, a imprensa internacional identificou o rabino Eli Schlanger, 41 anos, nascido em Londres, que atuava como rabino assistente no Chabad de Bondi.
O ataque
O ataque ocorreu na praia de Bondi, em Sydney, na tarde de domingo (14), durante uma reunião que marcava as celebrações do festival judaico de Hanukkah. As autoridades australianas classificaram o episódio como terrorismo, mas ainda não divulgaram oficialmente os nomes das pessoas assassinadas.
Veículos da imprensa, incluindo o jornal The Guardian — citando o Jewish News — e a BBC News, identificaram Eli Schlanger entre os 11 mortos. Segundo essas reportagens, Schlanger tinha 41 anos, era pai de cinco filhos e trabalhava no centro comunitário Chabad de Bondi.
Fontes policiais informaram que um atirador morreu no local e outro foi detido. As investigações continuam para apurar se houve a participação de um terceiro suspeito ou de cúmplices, além da motivação exata por trás do ataque.
Quem era Eli Schlanger
As reportagens internacionais descrevem Schlanger como figura ativa na comunidade judaica local. Um primo, o também rabino Zalman Lewis, disse ao Jewish News que Eli era uma pessoa alegre que espalhava felicidade.
Em declaração traduzida à imprensa, Lewis afirmou: “Só podemos responder fazendo o que Eli querido, aquilo a que dedicou sua vida — praticar mais boas ações e continuar espalhando energia positiva.” Informou-se também que Schlanger havia celebrado o nascimento de seu filho mais novo dois meses antes.
Repercussão e investigação
Autoridades australianas confirmaram a natureza terrorista do ataque e acionaram protocolos de investigação e segurança para proteger outras comunidades e eventos religiosos. Ainda há interrogatórios em andamento e busca por possíveis evidências de organização ou conexões internacionais.
Uma parte central da resposta oficial tem sido a prevenção de novos incidentes e o apoio às famílias das vítimas, enquanto líderes comunitários organizam vigílias e pedidos por solidariedade. A polícia local mantém bloqueios em pontos estratégicos da investigação e pede que informações não confirmadas por veículos credenciados sejam evitadas, a fim de não prejudicar os trabalhos.
Contexto e reflexões
Ataques a eventos religiosos chocam pela dimensão simbólica: lugares de culto e celebração são também espaços de convívio e acolhida. A identificação de uma liderança religiosa entre as vítimas intensifica a comoção e levanta a necessidade de diálogo entre autoridades, comunidades e organizações internacionais para enfrentar o extremismo.
Do ponto de vista social, especialistas em segurança apontam para a importância de reforçar medidas preventivas sem estigmatizar comunidades inteiras. Para os líderes religiosos, a perda reforça o desafio de combinar luto com ações de paz e reconstrução comunitária.
Num tom de fé e consolo, muitos têm lembrado passagens bíblicas que incentivam a paz e a consolação em tempos de dor. Uma lembrança frequentemente citada é de Mateus 5:9: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.” Essa imagem tem sido usada por pastores, rabinos e fiéis de diferentes tradições como convite à oração e à prática do bem em resposta à violência.
Organizações comunitárias locais e instituições religiosas promovem campanhas de acolhimento às famílias afetadas e arrecadações para apoiar as despesas funerárias e necessidades imediatas. Ao mesmo tempo, autoridades reiteram que a divulgação de informações oficiais cabe às fontes encarregadas da investigação, evitando rumores que possam atrapalhar o processo judicial.
Enquanto se aguarda a conclusão das investigações e o eventual detalhamento das motivações, a tragédia em Bondi reacende debates sobre segurança de minorias religiosas, prevenção ao extremismo e mecanismos de apoio às vítimas. A comunidade internacional observa e oferece cooperação conforme solicitado pelas autoridades australianas.
Em meio à dor, a reação pública tem enfatizado a solidariedade e a continuidade de ações que promovam a convivência pacífica — conforme recomendam líderes religiosos e civis — para que a memória dos mortos conduza a gestos concretos de cuidado mútuo e justiça.

