Quando o poder se reúne na Casa Branca: reflexão devocional sobre Trump, o príncipe saudita, Cristiano Ronaldo e o desafio da integridade

Encontro de poder: olhos nos líderes, coração em Deus

Um encontro político pode trazer manchetes, acordos bilionários e rostos famosos. Notícias recentes falam que o presidente dos EUA se encontrará com Mohammed bin Salman na Casa Branca, e que Cristiano Ronaldo pode estar presente. Em meio a isso, lembramos do caso Jamal Khashoggi e do relatório da CIA que apontou o príncipe como responsável pelo assassinato. Esses fatos nos desafiam a pensar: como o cristão vê o poder em ação e responde com fé?

O cenário humano

Os encontros entre líderes simbolizam influência e tomadas de decisão que afetam muitas vidas. Há também o que a imprensa chama de “sportswashing”: investimentos no esporte que tentam moldar reputações. E, no meio, vozes públicas como a de Cristiano Ronaldo ganham espaço. Ele disse: “[Trump] é uma das pessoas mais importantes do mundo, é uma das pessoas que quero conhecer. Desejo encontrá-lo um dia, se tiver a oportunidade, é uma das pessoas com quem me quero sentar e ter uma boa conversa. (…) É uma das pessoas de que gosto mesmo, porque acho que consegue fazer as coisas acontecerem e eu gosto de pessoas assim. Donald Trump é uma daquelas pessoas que podem ajudar a mudar o mundo”. Essa admiração mostra como o poder e a influência pessoal atraem até quem vem do esporte.

O olhar de Deus sobre o poder

Enquanto o mundo observa aparências e resultados, Deus olha para o coração. A Escritura nos lembra: “O SENHOR, porém, disse a Samuel: ‘Não considere a sua aparência, nem sua altura, porque eu o rejeitei. As pessoas olham para a aparência exterior, mas o SENHOR olha para o coração.'” (1 Samuel 16:7 NTLH). Deus não se impressiona com pompa; Ele se atenta ao caráter.

Também lemos que “Mas ele dá-nos ainda mais graça. É por isso que está escrito: ‘Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.'” (Tiago 4:6 NTLH). O apelo bíblico não é contra o uso do poder em si, mas contra a soberba que corrompe e contra o coração que busca autoexaltação.

Discernimento cristão em tempos de influência

Quando governos, celebridades e investimentos se encontram, o cristão é chamado a ser luz e critério moral. “Ele lhe mostrou, homem, o que é bom. E o que o SENHOR pede de você? Que pratique a justiça, ame a fidelidade, e ande humildemente com o seu Deus.” (Miquéias 6:8 NTLH). O chamado é claro: justiça, fidelidade e humildade diante de Deus, mesmo quando o mundo celebra alianças poderosas.

Ser sal e luz significa orar pelos líderes, exigir transparência, proteger os vulneráveis e não nos deixar seduzir pela mera fama. O poder pode ser usado para o bem — infraestrutura, investimentos em pesquisa, alívio social — mas também pode encobrir injustiças. Nosso critério deve ser a Palavra e o testemunho bíblico.

Aplicação prática

Como viver essa fé hoje? Primeiro, ore pelos líderes e por justiça: interceda para que decisões reflitam cuidado pelos oprimidos. Segundo, cultive olhos para o caráter mais que para a imagem: não se deixe levar só pelas aparências. Terceiro, use sua voz e suas escolhas — como consumidor e cidadão — para privilegiar transparência e direitos humanos.

Finalmente, lembre-se: “Assim brilhe a luz de vocês diante das pessoas, para que vejam as suas boas obras e louvem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5:16 NTLH). Quando o poder humano se encontra, nossa resposta deve ser testemunhar o poder de Deus com humildade, justiça e amor.

Aplicação prática final: Hoje, escolha orar por uma decisão pública que o incomode ou que admire. Peça a Deus sabedoria para discernir quando o poder serve ao bem e coragem para clamar por justiça quando ele falha. Seja uma presença que aponta o coração ao Senhor.

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