O cenário
Um ataque que atingiu prédios residenciais em Ternópil deixou dezenas de vítimas: 25 mortos, cerca de 80 feridos e muitos desaparecidos. Segundo relatos oficiais, a Rússia lançou 476 drones e 48 mísseis contra diferentes regiões do país. Em meio ao fogo, houve um momento que virou símbolo de resistência e fragilidade humana: um homem foi resgatado com guindaste.
A cena do resgate com guindaste na Ucrânia traz a imagem de um povo à beira do desmoronamento e, ainda assim, herdando gestos concretos de socorro. As palavras de um ministro descrevem a devastação: “Parece que, do nono ao primeiro andar, essa lava em chamas engoliu nosso povo. Eles não tiveram tempo de escapar porque tudo estava em fogo”.
A presença que sustenta
Na Bíblia, encontramos imagens parecidas de socorro em meio ao colapso. “Deus é o nosso refúgio e a nossa força, auxílio sempre presente na adversidade” (Salmo 46:1 NTLH). E também: “Não fiques com medo, porque eu estou com você. Não se assuste, eu sou o seu Deus. Eu te fortalecerei, eu te ajudarei” (Isaías 41:10 NTLH).
O resgate com guindaste na Ucrânia nos lembra que, mesmo quando estruturas físicas e emocionais caem, existe uma presença que chega para erguer. Não é uma solução mágica, mas um socorro concreto que, muitas vezes, vem através das mãos de outras pessoas e da fé que nos sustenta.
Histórias dentro da tragédia
Entre as vozes feridas, uma mãe esperava por notícias do filho: “Fui trabalhar e ouvi as explosões. Liguei para ele e disse: ‘Bohdan, vá para o abrigo, se vista.’ Ele respondeu: ‘Mãe, já acordei, vai ficar tudo bem’”. Essa conversa pequena e terrível mostra como o cotidiano pode ser interrompido em um instante — e como a esperança pode permanecer no tom de voz de alguém amado.
Enquanto líderes e nações discutem ações e responsabilidades — “Cada ataque contra a vida cotidiana mostra que a pressão sobre a Rússia ainda é insuficiente. Sanções eficazes e ajuda à Ucrânia podem mudar isso” — há um clamor humanitário imediato: socorrer, abrigar, cuidar.
Como viver essa fé no dia a dia
Quando vemos notícias de destruição e um homem sendo retirado por um guindaste, somos chamados a duas respostas simultâneas: primeira, compaixão prática; segunda, oração confiante. A compaixão prática se manifesta em ajudar, dar abrigo, doar ou simplesmente manter atenção às necessidades reais das pessoas ao nosso redor. A oração confiante se ancora na promessa de que Deus é refúgio e força.
O resgate com guindaste na Ucrânia também nos desafia a ser instrumentos de socorro. Frequentemente, Deus age por meio de meios improváveis — guindastes, voluntários, vizinhos que não desistiram. A fé que não se traduz em gestos concretos perde sua força.
Aplicação prática
Que tal algumas atitudes simples, inspiradas por esse cenário e pela Palavra?
Ore de forma específica: lembre nomes, cidades e histórias. Leve a dor e a esperança ao Senhor com detalhes. Ore por profissionais de resgate, por famílias separadas e por crianças afetadas.
Pratique um socorro visível: apoie organizações confiáveis, participe de campanhas de ajuda ou ofereça apoio a refugiados e migrantes locais. Mesmo em países distantes, a solidariedade alcança vidas.
Mantenha vigilância espiritual: quando o medo vier, repita a promessa: “Deus é o nosso refúgio e a nossa força”. Deixe essa certeza moldar suas palavras e suas ações.
Seja presença que ergue: às vezes, o que mais cura é aparecer — uma mensagem, uma visita, um gesto de carinho. Seja um ‘guindaste humano’ onde for possível.
O resgate com guindaste na Ucrânia nos lembra que, mesmo no cenário mais negro, o serviço humano e a presença de Deus podem criar fendas de esperança. Não sabemos como terminarão todas as histórias, mas podemos escolher ser resposta para alguém hoje.
Ore: Senhor, nas ruínas e no fogo, sê nosso refúgio. Ensina-nos a ver o próximo e a agir com fé. Dá-nos coragem para erguer, para consolar e para confiar que Tu és a força que nunca falha. Amém.
Aplicação prática final: hoje, identifique uma necessidade concreta — local ou internacional — e faça um ato de socorro (oração, doação, voluntariado ou acolhimento). Deixe que a fé se manifeste em mãos que erguem.

