Por Belém: Paes chama chanceler da Alemanha de ‘nazista filhote de Hitler’, apaga post e aumenta crise diplomática; reações de Lula, Itamaraty e líderes do Pará

Paes chama chanceler da Alemanha de nazista e ‘filhote de Hitler’ — recuo, reação política e impacto para as relações Brasil-Alemanha

Um post que misturou indignação e linguagem áspera escalou para uma tensão diplomática: o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, reagiu aos comentários do chanceler alemão Friedrich Merz sobre a COP 30 realizada em Belém com uma postagem em que chamou o chanceler de “nazista filhote de Hitler”. Horas depois, Paes apagou a mensagem e buscou minimizar o episódio.

O episódio

O ataque verbal de Paes ocorreu numa sequência de críticas a Friedrich Merz — primeiro vindas do prefeito de Belém e do governador do Pará, depois de outros representantes do executivo federal e estadual. A postagem de Paes subiu o tom ao empregar a expressão “nazista filhote de Hitler”, e foi apagada horas depois.

Após o apagamento, Paes publicou: “Já dei minha desabafada de hoje. Fiquem tranquilos no Itamaraty. Viva a amizade Brasil e Alemanha que me emociona!” Essa mensagem tentou acomodar o desgaste público e sinalizar que o Executivo brasileiro central não pretendia ampliar a crise.

Reações políticas e diplomáticas

O episódio não ficou restrito ao Rio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também rebateu Merz, e a sequência mostra um ambiente de crescente antagonismo em torno da avaliação do chanceler sobre a cidade-sede da COP 30.

Segundo reportagens, Merz se disse aliviado de deixar a capital paraense e afirmou que todos os jornalistas que o acompanharam também gostaram de ir embora. Em resposta, Lula disse que se Friedrich Merz tivesse feito outras atividades na capital paraense, como “ir a um boteco”, compreenderia que o Pará é melhor do que a Alemanha.

O governador Helder Barbalho qualificou a fala de Merz como “preconceituosa”, ampliando o tom crítico do Palácio do Planalto e das lideranças locais. No campo diplomático, o Itamaraty costuma priorizar respostas formais e evitar escaladas retóricas, fator que levou autoridades a pedirem contenção.

Implicações para as relações Brasil–Alemanha

Quando autoridades públicas usam termos extremamente ofensivos em redes sociais, há risco real de desgaste nas relações bilaterais. O Brasil e a Alemanha mantêm cooperação em comércio, ciência e clima; episódios de rancor público podem atrapalhar negociações e intercâmbios.

Do ponto de vista prático, o episódio pode gerar pedidos de esclarecimento entre os ministérios das Relações Exteriores, notas oficiais de repúdio ou pedidos de retratação. Ao mesmo tempo, a rápida mensagem de Paes tentando acalmar — “Fiquem tranquilos no Itamaraty. Viva a amizade Brasil e Alemanha” — mostra a tentativa de mitigar um conflito que interessa a ambos os países evitar.

Olhar cristão: palavras, responsabilidade e reparação

Para leitores que acompanham os fatos à luz da fé, há duas reflexões práticas. Primeiro, a Bíblia chama atenção para o poder da fala e para a necessidade de prudência: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” (Provérbios 15:1). Em segundo lugar, há lugar para arrependimento e reconciliação quando ofensas ocorrem; o gesto de apagar a postagem e reduzir o tom público pode ser visto como um passo nesse sentido.

Em termos políticos e espirituais, o equilíbrio entre denunciar injustiças e manter a temperança do discurso público é um desafio. Líderes cristãos e leigos que acompanham a cena pública podem cobrar responsabilidade moral sem abandonar a defesa firme de seus valores e de sua comunidade.

Em resumo, o episódio em torno de Belém, que envolveu o chanceler Friedrich Merz e a reação pública do prefeito Eduardo Paes, revela como reações imediatas nas redes sociais podem amplificar tensões diplomáticas. O recado de Paes depois, “Já dei minha desabafada de hoje. Fiquem tranquilos no Itamaraty. Viva a amizade Brasil e Alemanha que me emociona!”, tenta reparar o estrago; resta ver se a diplomacia e o diálogo público seguirão no sentido da conciliação.

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