PF afasta presidente do BRB por 60 dias após prisão do dono do Banco Master; Operação Compliance Zero cumpre 25 mandados e leva à liquidação do Master

Afastamento do presidente do BRB e buscas da Polícia Federal ligam instituição pública ao caso do Banco Master e à Operação Compliance Zero

Há uma sensação crescente de risco e interrogação entre servidores, clientes e fiéis: como pode uma instituição pública do Distrito Federal estar no centro de uma investigação que levou à prisão do dono do Banco Master e à liquidação do banco pelo Banco Central?

Na manhã desta semana, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em cinco estados, incluindo as dependências do BRB em Brasília, e a instituição pública afastou o presidente Paulo Henrique Costa das funções por 60 dias. A ação faz parte da Operação Compliance Zero, que investiga um esquema de emissão e negociação de títulos de crédito falsos envolvendo o Banco Master, cujo proprietário, Daniel Vorcaro, teve mandado de prisão cumprido.

O que aconteceu: fatos e citações

A PF informou que a operação cumpre “25 mandados de busca e apreensão em cinco estados — Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal — incluindo as dependências do BRB em Brasília.” Entre os crimes investigados estão gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa, todos relacionados ao suposto esquema de falsificação de títulos.

Segundo a Polícia Federal, “As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Tais títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada”.

O afastamento de Paulo Henrique Costa ocorreu em meio ao cumprimento do mandado de prisão de Vorcaro e mais seis pessoas e depois que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, decretou a liquidação do Banco Master.

O próprio BRB divulgou nota em que afirma: “O BRB reforça que sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master“. A instituição também declarou que “nenhuma prisão foi realizada na manhã desta terça-feira (19). A decisão judicial que orienta a atuação da Polícia Federal nas dependências do Banco determina, exclusivamente, o afastamento temporário do presidente e do diretor financeiro pelo prazo de 60 dias” e que “A Instituição reafirma seu compromisso com a ética, a responsabilidade e a integridade na condução de suas atividades“.

Contexto político e financeiro

O envolvimento do BRB chamou atenção porque, em março, a instituição anunciou a intenção de comprar parte do Banco Master. A negociação prevista incluía a compra de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Banco Master, mantendo fora a parte de precatórios. O movimento teve apoio público do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que chegou a afirmar que “A dilapidação do Master, que está se mostrando aí, pode trazer um grande risco para o sistema financeiro como um todo”. Ele também disse que “Eu pedi ao Paulo [Henrique Costa, presidente do BRB] que deixasse essa fatia no Master de fora. E isso aconteceu. A operação hoje tem pouco risco para o BRB“.

Entre os desdobramentos, o Banco Central já havia vetado a compra de parte do Master pelo BRB, o que contribuiu para as suspeitas sobre as operações entre as duas instituições. Na sequência da investigação, o BC determinou a indisponibilidade dos bens dos controladores e ex-administradores do Master, incluindo Vorcaro.

Implicações para o Distrito Federal e para a confiança pública

O BRB é uma empresa pública de economia mista com o Governo do Distrito Federal como acionista majoritário, detendo 71,92% das ações. É o agente financeiro do Tesouro do Distrito Federal e responsável, entre outras atividades, por operacionalizar o pagamento dos servidores distritais e a execução de programas locais.

Por isso, a empresa estar conectada a uma investigação sobre títulos falsos tem efeitos práticos e simbólicos: afeta a confiança nos pagamentos do governo local, expõe riscos operacionais e gera pressão política sobre lideranças do DF. Para fiéis e cidadãos interessados em justiça, a pergunta é direta: como assegurar transparência quando instituições públicas se aproximam de negócios privados controversos?

Análise à luz da fé cristã e recomendações

Do ponto de vista cristão, a situação traz à memória princípios bíblicos sobre justiça e integridade. Em Provérbios 11:1, lemos que “Balanças enganosas são abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer” — um lembrete sobre a importância de práticas financeiras honestas. Também é oportuno lembrar Isaías 1:17: “Aprendei a fazer o bem; buscai a justiça, repreendei o opressor“.

Isso não é sermão, mas orientação prática: igrejas, líderes e cidadãos devem cobrar transparência e acompanhar as investigações do ponto de vista público e ético, sem cair em conclusões precipitadas. O BRB afirma que “segue operando normalmente, garantindo a continuidade integral dos serviços“, mas a sociedade precisa de respostas claras sobre riscos e salvaguardas.

Para o público cristão interessado em profecia e guerra espiritual, a recomendação é dupla: orar por justiça e agir politicamente com responsabilidade. Orações por discernimento e integridade acompanham o chamado para participação cívica — acompanhar os desdobramentos, exigir transparência dos gestores e apoiar investigações isentas.

Em termos práticos, acompanhe as próximas etapas: o resultado das buscas, eventuais novas prisões, decisões judiciais sobre indisponibilidade de bens e os comunicados do Banco Central e do Ministério Público Federal. O caso também pode repercutir nas contas públicas do DF e na percepção do mercado sobre bancos públicos envolvidos em compras de instituições privadas.

Em resumo, a Operação Compliance Zero e o afastamento do presidente do BRB expõem uma situação que mistura riscos financeiros, pressão política e questões éticas. A comunidade cristã e a sociedade em geral têm papel ativo para pedir clareza, apoiar a apuração e lembrar que a fé exige justiça e integridade em todas as esferas da vida pública.

Rolar para cima