Joel Engel Júnior: “A palavra de Deus é um livro de instrução” — entender a falta de ética é essencial para manter portas abertas em todas as áreas
Uma postura pode fechar mais portas do que um pecado declarado.</b Essa advertência coloca em xeque uma espera imediata por intervenções espirituais: às vezes o problema não é espiritual, é ética — e ela decide se oportunidades continuam ou se encerram.
O alerta foi feito nesta terça-feira (11) pelo pastor Joel Engel Júnior, que afirmou que muitas portas não se fecham por pecado, mas por uma postura antiética. Segundo ele, “A palavra de Deus é um livro de instrução e tem muitas camadas. Uma das coisas que ela nos ensina, e que é muito importante para todo crente, é a ética.”
Por que a falta de ética fecha portas
Joel explicou que a falta de ética tem consequências práticas em todas as áreas: “Quando nos faltar ética, ainda que sejamos boas pessoas, ainda que sejamos bons crentes, portas se fecharão pra você: no trabalho, na carreira, no ministério, na sociedade.” A ideia é simples e dura: não basta ser bem-intencionado.
O pastor enfatizou que muitas atitudes não configuram crimes ou pecados explícitos — “Às vezes você não chegou a cometer um pecado. Não é imoral, não roubou, não matou, não xinga. Mas ninguém quer aquela pessoa perto. A pessoa pisa na bola e toma atitudes que fazem as outras fugirem dela” — e são essas atitudes, muitas vezes sutis, que afastam oportunidades.
Exemplos práticos e limites de comportamento
Joel deu exemplos práticos para ilustrar o que chama de antiético: procurar um investidor durante o velório da mãe para apresentar uma proposta de negócio é, segundo ele, “Isso é antiético” e, complementou, “Você acende fogo no descanso do outro.” O recado é sobre saber o tempo certo de falar e agir.
Ele alertou que exigir demais de alguém que está doente, cansado ou em recuperação pode mesmo “matar a oportunidade”, porque o momento errado destrói a receptividade, por melhor que seja a proposta.
O ministro também lembrou histórias de Jesus para contextualizar limites sociais e espirituais. Citou a parábola do banquete em Lucas 14.8-11: “Quando fores convidado para um banquete de casamento, não te assentes no lugar de honra, para que não aconteça… Aí, com vergonha, você terá que tomar o último lugar.” A lição trazida por Joel é clara: quem ultrapassa limites sociais será recolocado.
Aplicação bíblica: limites, obediência e responsabilidade
Joel relacionou a temática com episódios do Antigo Testamento. Citou o rei Saul como exemplo de liderança que perdeu lugar por ultrapassar limites: “Saul passou do limite. Não esperou o profeta pra começar a ocasião, o evento. Faltou ética espiritual. Depois, quando ele luta contra Amaleque e deixa vivos os animais, ele diz: ‘É pra sacrificar a Deus’. Mas Deus tinha dito: ‘Não deixes esses animais vivos’.”
O pastor observou que intenções boas não isentam de responsabilidade: “Talvez o inferno esteja cheio de boas intenções. Ele tinha uma boa intenção, mas passou do limite. A partir dali, já não era dele, era de Deus.”
Em outra aplicação direta, Joel ainda disse que “Se a porta fechar para você, Deus pode levantar outro no seu lugar. Mas não é muito bom quando isso acontece.” A advertência combina soberania divina e a seriedade do comportamento humano — a ética também protege a própria missão que Deus confia.
Como agir para manter portas abertas
O pastor fez recomendações práticas que dialogam com o cotidiano dos leitores: aprenda a reconhecer o tempo certo para abordar pessoas e oportunidades; respeite ambientes de luto, recuperação e descanso; e cultive atitudes que causem confiança, não repulsa.
Joel ainda lançou um apelo ao amadurecimento pessoal: “Não pense assim: ‘Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim’. Crente Gabriela”, disse, com humor. “A Bíblia diz que precisamos chegar à estatura do varão perfeito, que é Cristo. Se Deus nos deu mais um dia de vida, é pra melhorar, é pra crescer.”
Fechou lembrando o caráter pedagógico da disciplina divina: “Deus é como um pai, só que melhor. É melhor que a gente aprenda ouvindo do que apanhando. Todos que não ouviram Deus tiveram consequências. Não é Deus punindo pelo prazer de punir. É você aprendendo com o erro. Se tivesse obedecido a Deus, teria acertado e não teria tido essa consequência.”
Em suma, o alerta do pastor Joel Engel Júnior resgata uma lição prática e bíblica: a ética não é apenas uma opção moral entre outras, mas um fator decisivo para que portas permaneçam abertas na família, no trabalho, no ministério e na vida pública.

