Como a decisão sobre Instagram e WhatsApp aponta para o que guardamos no coração
Quando a notícia chegou — Meta vence ação nos EUA — muitos viram uma disputa jurídica entre empresas e autoridades. Para nós, como cristãos, há um chamado para olhar além das manchetes e perguntar: onde está o nosso coração diante do poder, da influência e da prosperidade?
O que aconteceu
Num processo que começou ainda no governo de Donald Trump, a Comissão Federal de Comércio (FTC) tentou reverter aquisições históricas da Meta. A ação dizia que a empresa detinha um monopólio em plataformas usadas para compartilhar conteúdo com amigos e familiares. No julgamento, a FTC citou um e-mail de Mark Zuckerberg em 2008 dizendo que “é melhor comprar do que competir”. A Meta respondeu lembrando a pressão competitiva do TikTok, do YouTube e do aplicativo de mensagens da Apple, e defendeu suas aquisições como estratégia válida de negócio. O juiz James Boasberg afirmou que “O cenário que existia há apenas cinco anos, quando a Comissão Federal de Comércio abriu este processo antitruste, mudou de forma acentuada”. Após o veredito, a empresa declarou que seus produtos “são benéficos para as pessoas e para os negócios, e exemplificam a inovação e o crescimento econômico americano” e que “Esperamos continuar a parceria com o governo e a investir na América”.
O que a Bíblia nos lembra
Jesus ensinou sobre prioridades e tesouros: “Não guardem tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam. Guardem tesouros no céu… Pois onde estiver o teu tesouro, aí também estará o teu coração.” (Mateus 6:19-21, NTLH) Esse texto nos chama a examinar aquilo que mais atraí nosso afeto.
E diante de planos e conquistas humanas, Tiago nos traz humildade: “Ouçam agora, vocês que dizem: ‘Hoje ou amanhã iremos para esta cidade, e lá passaremos um ano, e faremos comércio e ganharemos dinheiro.’ Vocês que não sabem o que vai acontecer amanhã! Em vez disso, deveriam dizer: ‘Se o Senhor quiser, ainda viveremos e faremos isto ou aquilo'” (Tiago 4:13-15, NTLH). Nenhum tribunal, nenhum contrato, nenhum investimento anula o fato de que dependemos de Deus.
Lição para o coração
Ao ver que a Meta vence ação nos EUA, podemos aprender algo importante: vitórias humanas não substituem estabilidade interior. Há três convicções que o texto nos convida a cultivar:
1) O poder é transitório. Empresas sobem e caem; decisões mudam rumos. O juiz reconheceu mudança no cenário em poucos anos. Na nossa vida, reconheça que posição e sucesso não são fundamento final.
2) A ética e a intenção contam. As declarações citadas no processo — como “é melhor comprar do que competir” — nos lembram que escolhas comerciais carregam valores. Como seguidores de Cristo, somos chamados a agir com integridade, não apenas eficiência.
3) Colocar Deus no centro das decisões. Como diz Tiago, planos humanos precisam ser revestidos de submissão ao Senhor. Planejar é sábio; confiar só no plano é perigoso.
Aplicação prática
Se a manchete foi “Meta vence ação nos EUA”, deixe essa notícia tocar sua fé assim:
Reveja suas prioridades. Pergunte: o que mais ocupa meu tempo e afeto? É possível que coisas legítimas — trabalho, redes sociais, sucesso — estejam tomando o lugar de comunhão com Deus.
Pratique humildade nas decisões. Ao planejar, em vez de dizer com certeza absoluta “vou conseguir”, acrescente: “Se o Senhor quiser”. Isso não anula planejamento, mas o alinha com dependência espiritual.
Seja mordomo fiel do poder que tem. Se você lidera uma equipe, empresa ou família, lembre que influência é oportunidade para servir. Evite a mentalidade de “comprar em vez de competir” quando isso compromete pessoas.
Por fim, volte ao essencial: não coloque seu coração em algo que não pode sustentar sua esperança. A vitória de ontem nas cortes não determina a segurança do amanhã para quem confia em Deus.
Oração: Senhor, ajuda-me a guardar meu coração em Ti. Dá-me sabedoria para usar o que tenho com integridade e humildade. Que eu planeje com fé e viva reconhecendo que tudo vem de Ti. Amém.

