Notícias que despertam perguntas ao coração
A recente decisão da Justiça da Argentina de ordenar a apreensão de propriedades ligadas a Cristina Kirchner nos lembra que as notícias públicas muitas vezes tocam medos, dúvidas e o senso de justiça de cada um.
O caso, conhecido como “Caso dos cadernos”, envolve anotações que teriam documentado o fluxo de recursos entre empresários e o poder público. A reportagem afirma que “É a investigação de fatos de corrupção mais extensa que já foi realizada na história judicial argentina”. Também se registra que o advogado de defesa classificou o processo como “a maior vergonha judicial que a democracia já teve” e afirmou que a sentença contra Kirchner “já está escrita”.
Quando o poder parece vencer, o que diz Deus?
As Escrituras não ignoram a realidade da injustiça. O profeta Isaías nos convoca: “Aprendam a fazer o bem. Procurem o que é justo. Tratem com justiça os que são explorados. Defendam a causa dos órfãos. Intercedam pela causa das viúvas.” (Isaías 1:17, NTLH).
Deus se importa com justiça e com as vidas afetadas pelo abuso de poder. Mesmo quando vemos casos grandes na mídia — envolvendo figuras como Cristina Kirchner ou outras autoridades — somos chamados a olhar além do sensacionalismo e a buscar a justiça que Deus deseja.
Verdade, humildade e confiança
Micaias traz um princípio simples e profundo: “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom. E o que o Senhor pede de você? Que pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus.” (Miquéias 6:8, NTLH).
Não somos chamados apenas a condenar ou a justificar. Somos chamados a praticar a justiça, a amar a fidelidade e a cultivar humildade. Isso vale para tribunais e para nossas próprias casas, igrejas e corações.
Como viver essa fé quando as notícias nos abalam
Notícias sobre processos, apreensões e acusações podem provocar raiva, medo e tentação de julgar precipitadamente. A Palavra nos lembra: “Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é certo aos olhos de todos.” (Romanos 12:17, NTLH).
Reagir como cristãos não significa ser passivo diante da injustiça nem fazer-se juiz final de ninguém. Significa orar, buscar a verdade com responsabilidade, apoiar instituições que atuem com integridade e manter o próprio coração limpo.
Aplicação prática
1. Ore por justiça e misericórdia. Peça a Deus sabedoria para líderes, juízes, promotores e também para os acusados. A oração não é passiva; ela transforma corações e situações.
2. Procure a verdade com humildade. Evite conclusões apressadas. Informe-se em fontes confiáveis e lembre-se de que nem sempre conhecemos todos os fatos.
3. Examine seu próprio coração. Antes de condenar, pergunte-se onde há orgulho, inveja ou desejo de vingança. O Salmo nos convida a confiar: “Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra e nele estarás seguro.” (Salmo 37:3-5, NTLH).
4. Aja em justiça no seu dia a dia. Defenda os oprimidos, trate com honestidade nas pequenas decisões e seja exemplo de integridade onde você está.
Notícias como as que envolvem Cristina Kirchner nos chamam a sermos cristãos coerentes: atentos à verdade, comprometidos com a justiça e firmes na confiança em Deus. Que nossa reação ao escândalo seja diferente do mundo — marcada por oração, busca de verdade e ações que reflitam o caráter de Cristo.
Ore: Senhor, dá-nos discernimento para ver a verdade, coragem para defender o que é justo e humildade para cuidar do nosso próprio coração. Que a nossa fé produza obras de justiça e misericórdia, hoje e sempre. Amém.

