ISF em Gaza: ONU aprova força internacional com 13 votos e prazo até dezembro de 2027 — nova chance para desarmar o Hamas e proteger civis, análise cristã

A decisão do Conselho de Segurança coloca em xeque o futuro imediato de Gaza e provoca dúvidas sobre a eficácia do desarmamento

O cessar‑fogo está por um fio e, ao mesmo tempo, o mundo recebeu uma notícia que pode mudar o rumo do conflito: o Conselho de Segurança da ONU aprovou a criação de uma força internacional que atuará no enclave palestino. A medida chega em um momento de alta tensão, com ataques ocorrendo após acusações mútuas de violação da trégua. Para muitos, a pergunta é direta: a ISF em Gaza pode realmente abrir caminho para a paz ou será mais uma tentativa temporária e insuficiente?

O que decidiu a ONU e o que faz a ISF

Com 13 votos favoráveis e duas abstenções, de Rússia e China, o Conselho de Segurança aprovou a criação da Força de Segurança Internacional (ISF, na sigla em inglês). A ISF em Gaza terá uma função diferente da dos tradicionais “capacetes azuis”: a tropa, que será instalada no máximo até dezembro de 2027, terá como missão fazer valer a lei em Gaza, proteger civis, garantir a segurança das fronteiras com Israel e Egito, manter abertos os corredores humanitários e treinar uma nova força policial palestina.

Além disso, a ISF supervisionará a desmilitarização de Gaza, o desmantelamento da infraestrutura utilizada por grupos armados e o confisco de arsenais ilegais — itens destacados como essenciais no plano. Como disse o texto de análise das medidas, “não há a menor chance de paz enquanto o Hamas – e qualquer outro grupo cuja razão de existir seja a destruição de Israel e o extermínio dos judeus – continuar armado”.

Reações, riscos e urgência temporal

Os riscos são mencionados com clareza: o tempo é fator crucial. Mesmo com o apoio regional do Irã enfraquecido, dois anos podem ser suficientes para que o Hamas se rearmasse clandestinamente e recuperasse parte do poder de fogo já reduzido por Israel. Por isso, quanto antes a ISF em Gaza estiver operando, maiores as chances de sucesso no desarmamento.

Os próprios terroristas demonstraram descontentamento nas redes sociais, afirmando que a resolução da ONU “não atende às demandas palestinas”, como se o Hamas fosse o porta-voz de toda a população. O grupo também reclamou que a resolução “impõe um mecanismo de tutela internacional sobre Gaza”.

Essas reações eram previsíveis, mas não anulam o fato de que muitos palestinos — aqueles que só desejam viver em paz e que estão cansados de serem usados como escudos humanos — podem se beneficiar da presença internacional que garanta segurança, liberdade de circulação e reconstrução.

Implicações políticas e o papel de atores regionais

O sucesso da operação depende, segundo analistas, de cooperação ampla: além das Nações Unidas, será preciso contar com Estados árabes e, de modo particular, com Israel. O texto de referência aponta que será difícil avançar sem esse apoio, uma vez que Benjamin Netanyahu insiste na rejeição a qualquer Estado palestino. Sem a adesão das partes envolvidas, há o risco de que a ação respaldada pela ONU se junte à lista de tentativas frustradas de alcançar paz duradoura no Oriente Médio.

Para o Brasil, o acontecimento repercute em diferentes frentes: preocupação humanitária, debate sobre posições diplomáticas e mobilização de igrejas e organizações cristãs que acompanham a situação de civis e refugiados. A comunidade evangélica brasileira, especialmente, observa com atenção por razões espirituais e humanitárias, reforçando orações e pedidos por proteção aos inocentes.

Perspectiva cristã: ordem, justiça e esperança prática

Do ponto de vista da fé, a criação da ISF em Gaza toca temas caros à tradição cristã: a busca pela justiça, a proteção dos vulneráveis e o esforço pela paz. Na Bíblia, Jesus diz: “Bem‑aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9). Esse princípio não ignora a necessidade de medidas práticas de segurança e justiça — como o desarmamento de grupos que promovem violência — nem a urgência de soluções que protejam civis.

Paulo também orienta: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Romanos 12:18). A aplicação prática dessa orientação exige tanto oração quanto ação responsável por parte da comunidade internacional.

Em resumo, a ISF em Gaza representa uma oportunidade real, mas condicionada: precisa ser rápida, bem equipada, contar com respaldo político amplo e se concentrar na proteção de civis, manutenção dos corredores humanitários e no desmantelamento eficaz das estruturas armadas.

O futuro imediato dependerá da velocidade de implantação, do grau de cooperação regional e da habilidade da comunidade internacional em garantir que a presença temporária leve, de fato, ao reestabelecimento de instituições locais capazes de governar com justiça. Enquanto isso, para cristãos no Brasil e no mundo, há um chamado duplo: orar pela paz e acompanhar ativamente as implicações humanitárias e políticas dessa nova etapa.

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