Governo Trump abre caminho para pena de morte para afegão Rahmanullah Lakanwal após morte de soldada na Guarda Nacional

O Departamento de Justiça dos EUA passou a considerar a pena de morte para o afegão suspeito de atirar em dois militares perto da Casa Branca,</b após a morte de uma das vítimas e com as investigações sobre possível terrorismo em curso.

O fato

O autor do ataque foi identificado pelas autoridades como Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos. O tiro contra dois integrantes da Guarda Nacional aconteceu na quarta-feira (26). A soldada Sarah Beckstrom, de 20 anos, morreu na quinta-feira (27), segundo as informações oficiais, quando não resistiu aos ferimentos. Outro militar, Andrew Wolfe, de 24 anos, segue internado em estado crítico, assim como o próprio suspeito.

Em entrevista à TV americana Fox News, a comentarista Jeanine Pirro afirmou que o Departamento de Justiça dos EUA vai elevar as acusações contra o afegão para homicídio doloso —quando há intenção de matar— em primeiro grau. A procuradora-geral Pam Bondi também declarou que buscaria a pena de morte caso os soldados baleados morressem.

Acusações iniciais e novas linhas de investigação

Antes da elevação, o Departamento de Justiça havia informado que o suspeito enfrentaria três acusações de agressão com intenção de matar enquanto armado e três acusações de posse de arma de fogo durante um crime violento.

O diretor do FBI, Kash Patel, declarou que a investigação de terrorismo está em andamento, que agentes executaram vários mandados de busca, incluindo na residência atual do suspeito, e que “todas as pessoas encontradas na casa foram interrogadas”. Patel acrescentou: “Estamos investigando minuciosamente esse aspecto de sua trajetória, incluindo quaisquer associados conhecidos, seja no exterior ou aqui nos Estados Unidos da América. É assim que se conduz uma investigação internacional de terrorismo de amplo alcance”.

Contexto legal e militar

Em setembro, o presidente Donald Trump assinou um decreto que instituiu a pena de morte para crimes como homicídio em Washington D.C. A aplicação da pena de morte na capital federal, contudo, pode enfrentar obstáculos jurídicos, ainda a serem avaliados no caso de Lakanwal.

Mais de 2 mil soldados da Guarda Nacional foram enviados a Washington em agosto, depois que Trump assumiu o controle federal da segurança da capital. A mobilização, iniciada oficialmente em 11 de agosto de 2025 conforme relatos oficiais, enfrentou resistência da prefeita Muriel Bowser, e uma juíza federal chegou a determinar o fim da operação —decisão que foi suspensa por 21 dias para permitir recurso ou retirada das tropas.

O ataque levou à suspensão temporária de atividades na área e a sede do governo chegou a ser colocada em “lockdown”. O presidente Trump, que não estava na capital no momento, afirmou em rede social que o atirador é um “animal” que “pagará um preço muito alto”.

Anotações sobre o suspeito e o inquérito

Autoridades disseram que Lakanwal chegou aos EUA em 2021. O diretor da CIA, John Ratcliffe, relatou que ele trabalhou com “o governo dos EUA, incluindo a CIA, como membro de uma força parceira em Kandahar” durante a guerra do Afeganistão; essa informação foi confirmada por Patel na coletiva, o que amplia o escopo de apurações sobre possíveis vínculos internacionais.

A procuradora-geral Pam Bondi afirmou também que o afegão deve enfrentar acusações de terrorismo, o que prevê pena mínima de prisão perpétua, e adiantou que “mais acusações contra ele virão” conforme a investigação avançar.

O caso segue em desenvolvimento: equipes federais continuam a coleta de evidências e entrevistas, enquanto a comunidade local e a família das vítimas aguardam desdobramentos e respostas oficiais.

Para a cobertura jornalística, permanecem pontos-chave a verificar nos próximos dias: confirmação formal das novas acusações pelo DOJ, possíveis desafios judiciais à aplicação da pena de morte em Washington D.C. e resultados das buscas e interrogatórios vinculados ao inquérito de terrorismo.

Conexão cristã breve: diante de crimes que trazem dor e insegurança, a tradição cristã lembra o equilíbrio entre justiça e compaixão —como no chamado a agir com justiça e misericórdia (ver Miquéias 6:8)—, sem reduzir a necessidade de responsabilização legal e proteção da sociedade.

As autoridades federais mantêm o caso sob sigilo operacional em pontos sensíveis da investigação; novas informações oficiais devem ser divulgadas pelas agências envolvidas à medida que provas forem formalizadas e as acusações forem apresentadas em tribunal.

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