Encontrando Deus em tempos de poder concentrado
As manchetes nos lembram que o mundo está cheio de estruturas de poder que moldam vidas e escolhas. Notícias recentes dizem: “Governo dos EUA acusa Google de monopólio em publicidade digital e exige dissolução de área” e ainda ressaltam que “Este é o segundo grande caso antitruste do Google em 2025. Segundo o governo norte-americano, não é possível confiar que a empresa vá mudar suas práticas por conta própria.”
Em meio a isso ouvimos outra frase da reportagem: “Em documento enviado antes da audiência, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e procuradores de vários estados acusaram o Google de construir, de forma ilegal, monopólios em dois mercados ligados à tecnologia de anúncios. Segundo o governo, o Google controla ao mesmo tempo diferentes etapas do mercado de publicidade digital.”
Notícias duras também aparecem em outras frentes: “BOLSONARO É PRESO PREVENTIVAMENTE E LEVADO À PF” — manchetes que ecoam uma sociedade em conflito e em transformação.
Esses relatos expõem uma realidade: quando o poder se concentra — seja em empresas, instituições ou pessoas — corremos o risco de ver a justiça e a dignidade comprometidas. A Escritura nos chama a olhar para isso com olhos de fé.
O chamado da justiça e da humildade
Deus nos lembra do que Ele espera de nós: praticar a justiça, amar a misericórdia e andar humildemente com Ele. Como diz a Palavra: “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom. E o que o Senhor exige de você? Que pratique a justiça, ame a misericórdia e ande humildemente com o seu Deus.” (Miquéias 6:8, NTLH).
Quando lemos sobre monopólio, controle e decisões que afetam muitos, a fé nos chama a discernir entre o inevitável e o que precisa ser corrigido. Há sistemas que fazem bem e sistemas que ferem. Há lideranças que servem e outras que se colocam acima do bem comum. O cristão não se alheia; é chamado a ser sal e luz.
Não confiar em soluções humanas sozinhas
As notícias afirmam: “Estamos aqui para resolver o problema. Argumentaremos que a melhor solução é desmantelar o monopólio do Google, o que criará um novo concorrente”, declarou a procuradora-geral adjunta Gail Slater. E a notícia também traz a resposta da empresa: “A empresa afirma que suas ferramentas integradas geram eficiência e inovação, e que separar o serviço seria tecnicamente inviável. A decisão do caso deve sair nos próximos meses.”
Perceba dois movimentos: o esforço humano por corrigir o que está errado e a resistência de estruturas que alegam eficiência. Nossa fé não rejeita a atuação humana — pelo contrário, ela a inspira. Mas somos lembrados a não depositar nossa esperança apenas em soluções humanas. Deus age através de pessoas e instituições, mas também convoca transformação do coração.
Vencer o mal com o bem: uma postura cristã prática
Paulo nos orienta com clareza: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.” (Romanos 12:21, NTLH). Quando enfrentamos sistemas injustos ou líderes que abusam do poder, a resposta cristã não é ódio nem indiferença, mas ação guiada por amor, justiça e sabedoria.
Monopólio não é apenas um termo econômico; é um símbolo do que acontece quando o coração humano se fecha ao serviço e se abre à dominação. A Palavra nos convida a promover estruturas que preservem a dignidade humana e a responsabilidade mútua.
Aplicação prática
1. Ore com clareza: peça a Deus discernimento sobre onde há injustiça e como você pode contribuir para a retidão. Ore também por líderes e por quem está no poder para que ajam com integridade.
2. Examine sua influência: reflita se você, em sua comunidade ou trabalho, promove justiça ou reproduz práticas de concentração de poder. Pequenas decisões cotidianas importam.
3. Aja em amor: participe de iniciativas que defendam o bem comum, apoie práticas que valorizem transparência e responsabilidade. Seja um agente de mudança que vence o mal com o bem.
Conclua o dia lembrando-se de Miquéias 6:8 e deixando que a humildade guie suas atitudes: praticar a justiça, amar a misericórdia e andar humildemente com Deus.

