Devocional: Lições de fé diante da suspensão do tarifaço — confiança, justiça e cuidado no lar

Uma notícia que toca o lar

A suspensão do tarifaço chegou às manchetes e às mesas das famílias. A imprensa noticiou a “suspensão da tarifa, que será retroativa a partir de 13 de novembro” e lembrou que o aumento dos preços dos alimentos tem impacto direto na popularidade política: “para o nível mais baixo desde seu retorno ao poder, segundo uma pesquisa da Reuters/Ipsos”. Notícias explicam que “A tarifa, anunciada em abril como retaliação diante do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje condenado por golpe de Estado, foi retirada de produtos como carne, café, cacau, manga, açaí, dentre outros.”

O que a notícia revela

Jornais internacionais foram além do fato e disseram que houve uma “revisão de sua política comercial após perceber, embora não tenha admitido publicamente, que o custo de vida está impactando sua agenda política”. Para outros veículos, a medida visou “reduzir os custos para os consumidores americanos, numa tentativa da Casa Branca de reagir à sua derrota nas eleições locais no início deste mês. Foi também um reconhecimento implícito de que a política tarifária estava pressionando os preços.” Em manchetes mais diretas, leitores viram expressões como “se rendeu à química” e “Química entre Trump e Lula zera tarifaço sobre centenas de produtos brasileiros”.

Como a Palavra fala ao nosso medo e à nossa fome

Perante notícias que mexem com o pão de cada dia, a Bíblia nos traz um chamado à confiança e à ação de fé. Jesus ensina sobre ansiedade: “Por isso eu lhes digo: não se preocupem com a sua vida, quanto ao que comer ou beber, nem com o seu corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante do que a comida, e o corpo mais importante do que a roupa?” (Mt 6:25, NTLH). E o apóstolo Paulo nos lembra: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.” (Fp 4:6-7, NTLH).

O cristão diante de decisões públicas

A notícia sobre a suspensão do tarifaço coloca diante de nós uma verdade prática: políticas públicas influenciam vidas reais. Por isso Paulo pede intercessão pelos governantes: “Antes de tudo, então, peço que se façam pedidos, orações, intercessões e ações de graças por todos os que governam, para que vivamos uma vida tranquila e sossegada, com toda a piedade e respeito.” (1 Tm 2:1-2, NTLH). Orar não nos isenta de agir; pelo contrário, a oração nos mobiliza com sabedoria e compaixão.

Aplicação prática

Confie na provisão de Deus: ao enfrentar inseguranças econômicas, traga seus medos a Deus em oração (Fp 4:6-7). Não é passividade, é dependência ativa.

Ore pelos que decidem: faça o que 1 Tm 2 recomenda — ore por líderes e por políticas que protejam os mais vulneráveis.

Pratique justiça onde estiver: pequenas decisões no lar e na comunidade importam — compartilhe, apoie vizinhos, busque soluções locais para alívio imediato.

Eduque o coração para a esperança: Jesus não promete vida sem desafios, mas oferece paz que “excede todo o entendimento”. Cultive gratidão e ações concretas de cuidado.

Em tempos em que a suspensão do tarifaço vira manchete e pauta política, lembre-se: a fé nos chama a olhar para o próximo, a confiar em Deus e a agir com justiça. Que nossas reações, individual e coletivamente, reflitam a compaixão e a sabedoria do Evangelho.

Oração prática: Senhor, entrego minha ansiedade e os meus temores por alimento e por justiça. Ajuda-me a confiar, a orar por quem governa, e a estender minha mão aos que sofrem. Guia minhas decisões para que eu seja instrumento de paz e sustento. Amém.

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