Um ataque a tiros durante uma celebração de Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney, deixou 11 mortos e 11 feridos e provocou reação imediata do presidente do Senado brasileiro.
O ataque
No domingo (14), enquanto a comunidade judaica comemorava a primeira noite do Hanukkah na praia de Bondi, atiradores abriram fogo contra os participantes. O atentado resultou em 11 mortes e 11 feridos, segundo as primeiras informações divulgadas pelas autoridades locais.
O festival de Hanukkah, uma celebração de oito dias que comemora a luz e a resistência do povo judeu, foi interrompido por um episódio que líderes locais e internacionais qualificaram como terror e ato de ódio.
Reação de Davi Alcolumbre e do Senado
O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), divulgou nota em que manifesta solidariedade às famílias das vítimas e à comunidade judaica. Em trechos da nota, reproduzidos exatamente como divulgados, ele afirma: “Trata-se de um ato cruel, movido pelo ódio e pelo antissemitismo, que atinge não apenas a comunidade judaica da Austrália, mas fere valores fundamentais como a vida, a liberdade religiosa e a convivência pacífica.”
Alcolumbre também ressalta sua identificação pessoal com a tragédia: “Na condição de judeu, sinto de forma ainda mais profunda a dor deste momento e expresso minha solidariedade às famílias das vítimas, aos feridos e à comunidade judaica da Austrália e do mundo inteiro”.
Na nota, o presidente do Senado reafirma o posicionamento institucional: “O terrorismo, motivado pelo antissemitismo ou por qualquer outra forma de ódio, é inaceitável. O Congresso Nacional se une às manifestações internacionais de repúdio e reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos humanos e da liberdade religiosa.”
Contexto e análise
Atentados motivados por intolerância religiosa ou étnica têm repercussão global porque questionam pilares básicos da convivência democrática. A escolha de um evento público e festivo — uma celebração de Hanukkah na praia — amplia o impacto simbólico: trata-se de um ataque não apenas contra pessoas, mas contra o exercício comunitário da fé.
Especialistas em segurança apontam que a resposta imediata das autoridades australianas será crucial para esclarecer motivações, identificar autores e prevenir novos episódios. Além da investigação policial, há um debate mais amplo sobre o aumento de incidentes antissemitas e a necessidade de políticas públicas que promovam a tolerância religiosa.
Repercussão internacional e esperança
Governos e organizações de direitos humanos costumam reagir com rapidez a ataques dessa natureza, com mensagens de pesar e apelos por investigação rigorosa. A solidariedade institucional, como a nota do presidente do Senado brasileiro, acompanha o luto das comunidades afetadas e reafirma compromissos democráticos.
Num plano mais pessoal e espiritual, muitas lideranças religiosas têm chamado à oração pela paz e à proteção das vítimas e familiares. A Bíblia traz referências à busca pela paz e pelo acolhimento do próximo; em uma passagem frequentemente citada, há a valorização do caminho da reconciliação e da justiça. A lembrança bíblica serve aqui como um apelo à convivência: “Bem-aventurados os pacificadores” (Mateus 5:9), uma frase que ressoa como convite à reconstrução do diálogo e da segurança comunitária.
Para além da condenação, as respostas mais efetivas combinam investigação policial, suporte às vítimas, políticas de prevenção e educação sobre diversidade religiosa. A comunidade internacional observa não só a apuração dos fatos, mas também medidas concretas para que tragédias semelhantes não se repitam.
O episódio em Bondi lembra que a liberdade religiosa e a segurança em eventos públicos permanecem como desafios contemporâneos. A mobilização de autoridades, instituições e cidadania será determinante para acompanhar as vítimas e fortalecer a defesa dos direitos humanos.
Enquanto as investigações continuam em Sydney, a declaração de Davi Alcolumbre e a ampla repercussão mostram que o atentado atingiu não apenas a comunidade judaica local, mas provocou reações de solidariedade global e um renovado debate sobre antissemitismo, intolerância e proteção às minorias religiosas.
O processo de apuração nos próximos dias deverá esclarecer responsabilidades e motivações. Até lá, permanecem o luto pelos mortos, o apoio aos feridos e a urgência de ações que reafirmem a convivência pacífica entre povos e religiões.
