Advogado de Tagliaferro exige que Fachin deixe de agir “como amigo de um juiz suspeito” e peça de suspeição contra Moraes volta ao centro do debate

Advogado de Tagliaferro aponta suposta parcialidade de Alexandre de Moraes e pede que Fachin reconsidere prazo: tensão entre tribunais e fé cristã

Conflito e dúvida: a defesa do perito Eduardo Tagliaferro voltou a colocar em xeque a condução de processos no Supremo Tribunal Federal ao afirmar que o ministro Edson Fachin tem agido “como amigo de um juiz suspeito”. A manifestação, feita em embargos de declaração protocolados na quinta-feira (13), lança uma sombra sobre a imparcialidade de decisões que envolvem nomes e instituições centrais ao país, e levanta preocupações entre cristãos que acompanham a proteção da justiça e da verdade.

O pedido de embargos e as críticas à decisão de Fachin

O Advogado de Tagliaferro, Paulo Faria, interpôs embargos de declaração contra a decisão do ministro Edson Fachin, que havia se negado a analisar a suspeição do ministro Alexandre de Moraes sob o argumento de intempestividade do pedido.

Faria afirma que “80% da decisão é “citação jurisprudencial, 10% com argumentações genéricas, vazias e dissonantes da realidade da peça exordial””, e cobra mais fundamentação: “Dureza, senhor presidente. A próxima decisão, espera-se um mínimo de fundamentação jurídica para um bom debate (sic.)”.

Sobre a questão do prazo, o advogado sustenta que “para qualquer entendedor do básico do básico do direito, que não seja militante e corporativista, há notória suspeição em curso, e fato novo, nobre presidente, não há intempestividade.” O “fato novo” alegado é a ausência de análise de um agravo regimental antes do julgamento da denúncia que tornou Tagliaferro réu.

Na peça, Faria pede que Fachin “deixe de inventar argumentos, com neologismos inaplicáveis, inexistentes e mirabolantes” e afirma que “não se pode misturar coleguismo, amizade e corporativismo com o objetivo de esquartejar a lei processual.”

Acusações contra Moraes e o contexto do processo

Na arguição de suspeição, a defesa sustenta que Alexandre de Moraes não teria condições de julgar com imparcialidade por atuar, na visão de Faria, como juiz, acusador e vítima ao mesmo tempo. A peça afirma ainda que Moraes persegue politicamente Tagliaferro, e nos embargos o advogado usa linguagem dura: “ora, presidente, tenha santa paciência: haja como ministro, e não como amigo e promotor de um juiz suspeito.”

Tagliaferro é descrito nos autos como “réu por obstrução de investigação relacionada a organização criminosa, violação de sigilo funcional, coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito“. Ele foi assessor de enfrentamento à desinformação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2022 a 2023. Após sua saída, passou a divulgar mensagens de grupos de servidores da Corte, apontadas pela defesa como indicativo de irregularidades atribuídas a Moraes.

O ministro Alexandre de Moraes, por sua vez, nega as acusações: “o ministro nega, e diz que todos os procedimentos realizados tanto no STF quanto no TSE foram regulares, seguindo o devido processo legal e com registro nos autos.”

Implicações jurídicas e políticas

O novo embate entre a defesa de Tagliaferro e Fachin aprofunda a crise de confiança entre atores políticos e jurídicos. Se aceitos, os argumentos da defesa podem obrigar o STF a reavaliar procedimentos e prazos, com potencial impacto em outros processos que tangenciam temas sensíveis ao Estado e à sociedade.

Para observadores, a linguagem contundente do advogado — que chega a afirmar “É tão difícil respeitar a lei, senhor presidente? Faça um esforço, por gentileza” — revela frustração com o que ele classifica como falta de transparência e fundamentação. No campo político, a disputa alimenta debates sobre coleguismo e independência institucional em um momento de intensa polarização no Brasil.

Leitura cristã: justiça, verdade e responsabilidade

Num olhar cristão, essa controvérsia convoca a comunidade de fé a pedir por justiça e clareza, sem ceder ao sectarismo. A Bíblia lembra que “aprendei a fazer o bem; buscai a justiça” (Isaías 1:17), um chamado à responsabilidade pública e à defesa do devido processo.

Ao mesmo tempo, é preciso evitar julgamentos precipitados: Paulo exorta a buscar a verdade com mansidão e responsabilidade. A exigência do Advogado de Tagliaferro por fundamentação e transparência toca na responsabilidade de líderes e magistrados de agir com integridade, condição essencial para a paz social e a confiança da população.

Enquanto o STF analisa os embargos de declaração, fica o desafio para cristãos e cidadãos: defender a verdade, orar por justiça imparcial e acompanhar com atenção os desdobramentos, sem ceder à violência retórica nem ao desespero. O cenário exige vigilância, oração e participação informada no debate público.

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